terça-feira, 4 de janeiro de 2011

A HISTÓRA DA FÉ - FELIZ NATAL!




A HISTÓRA DA FÉ

Mais dois mil ano atráis, cumeça a
históra da fé.
A históra de Jesus,
de Maria e de José.
José era caipintêro;
e Maria, cumpanhêro;
a Virge de Nazaré.

Maria era sortêra,
quando Deus Pai lhe iscuiêu,
mode sê mãe de seu fíi,
e um anjo lhe aparicêu.
Quando ela tava rezando,
o anjo foi se achegando,
e a boa nova, lhe deu.

Maria, cheia de graça,
essa visita me induz,
a dizê bindito é o fruito,
do vosso ventre de luz.
Falô num facho de bríi:
Tu vai dá luz a um fíi,
qui vai chamá de Jesus.

Maria lhe arrespostô,
bem alí na aparição:
Cumo vai acuntecê ?
Eu juro qui num sei não.
Pruquê já me dicidí,
sô virge cumo nascí,
e num me intrego a varão.

Gabrié lhe dixe, intão,
abrindo o seu belo manto:
É um Milagre Divino,
Maria, eu lhe agaranto.
Ela dixe: In mim se faça;
quero arrecebê a graça,
do Divino Ispríto Santo.
E alí, Maria amostrando,
sua grandeza de amô,
do arcanjo Gabrié,
aquêle anúnço, acatô.
Tornô-se Mãe, de verdade,
de tôda a humanidade,
e de Jesus Saivadô.

Gabrié inda ordenô,
alí, na anunciação:
Percure Zé Caipintêro,
abrindo o seu coração.
Deve cum êle casá,
prumode legalizá,
a sua situação.
Maria casô cum Zé,
dispôi da anunciação.

Zé, normamente na lida,
ela in sua gestação.
E alí dento de Maria,
tava aquêle qui siria,
para o mundo a redenção.

E bem pertíin de chegá,
o isperado mumento,
Zé acumodô Maria,
amuntada num jumento.
Uis anjo dixero: Amém;
e êles fôro prá Belém,
mode o recensiamento.

Quando chegaro in Belém,
já num tinha mais hoté.
Ninhum quarto de pensão,
ninhum abrigo, si qué.
Nem um pôco angustiada,
Maria, resiguinada,
dixe: E agora, José ?

Vamo dá o nosso jeito,
dixe êle prá Maria.
Adispôi de munto andá,
longe do qui êles quiria;
finaimente se arrancharo,
num lugá qui incontráro,
dento de uma istribaria.

Quando foi tarde da noite,
Maria pariu sem dô.
Arrecebeu duis animá,
solidariedade e amô.
Na maió simpricidade,
prá nossa felicidade,
nasceu Jesus Saivadô.

Cum seu instinto materno,
Maria, quage dotôra,
do seu fiín inucente,
cumpetente zeladôra;
pegô Jesus bem nôvíin,
e acumodô cum caríin,
no capim da mangedôra.

Meus irmão, foi nêsse hoté,
qui num tem era uma vêiz,
de uma istrêla, somente;
a de Belém, digo a vocêis;
qui nasceu o mais amorôso,
tombém o mais poderôso;

O REIS DE TODOS UIS REIS...

Tenham todos (as) um FELIZ NATAL!



Bob Motta
NATAL-RN
DEZ 2007

Referência
http://www.mail-archive.com/becodalama@yahoogroups.com/msg00894.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário